Histórias
da BE!
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esde o início do segundo
período, muitas foram as histórias trabalhadas no âmbito do projeto Histórias
da BE!, com as turmas dos JI de Arcozelo e Brandara e a turma LJ4, do Centro
Educativos das Lagoas: O grilinho tenor,
de Palmira Martins e Tânia Clímaco; Os
quatros amigos, de Jacob e Wilhelm Grimm; Os ovos misteriosos, de Luísa Ducla Soares e Manuela Bacelar; A Sereiazinha e O Patinho feio, de Hans Christian Andersen; Se eu fosse…, de Richard Zimler.
Gabriela Amorim (educadora)
“Os livros
gostam de ser amados,
De ser lidos e lembrados
E de crescer com os meninos que foram embalados.
Os livros têm um sonho;
O de ver outros livros nascer para que a paixão da
leitura
Não possa nunca morrer.”
José Jorge Letria
As histórias por ela apresentadas transformavam-se em
verdadeiros momentos de magia promovendo, desta forma, um grande enriquecimento
não só para estas crianças como também para a educadora.
Considerando-se que o livro é um adjuvante essencial no
ensino-aprendizagem, foram proporcionadas às crianças, de uma forma transversal,
atividades diversificadas de descoberta dos sentidos e significados de todas as
formas de expressão, pois é preciso que se parta da criança, dos seus saberes e
das suas vivências e que se estimule o prazer de ouvir e de contar.
As histórias dinamizadas
lançaram-nos para um grande desafio, que nos levou pelo mar de sinais onde
aprendemos a viajar sem medo. Ainda no que concerne à dimensão lúdica, as
histórias foram verdadeiros geradores de eficácia no processo comunicacional,
sublinhando-se a ideia de que os contos potencializam fortemente as vivências
grupais e interpessoais.
A dinâmica apresentada
pela professora Ana Júlia foi de uma riqueza tal que me permitiu, enquanto
educadora, concretizar os objetivos que o livro (contos, poesia….), se propõe
cumprir, objetivos estes que possam confirmar as vivências da criança,
informá-la sobre o mundo envolvente e, ainda, permitir-lhe fantasiar/recriar
novos mundos.
O trabalho da Professora Bibliotecária sensibilizou-me, contagiando-me
para a formação de pequenos leitores e para a utilização de novas estratégias,
para que o livro seja efetivamente um tesouro que se descobre página a página e
que a leitura seja também uma aventura.
Conceição Novo (Educadora)
O
Leitor Faz-se…
O tempo urge, é
verdade, mas isso só acontece quando os momentos nos deliciam, quando são
efetivamente bons. Foi, sem dúvida, o que aconteceu com as visitas, em ordem à
animação de uma panóplia de contos, que a Professora Bibliotecária nos
proporcionou.
Apesar de ser difícil cativar a
atenção de um público constituído por sessenta crianças, a professora Ana
Júlia, através do seu modo simples, sábio e apaixonado, conseguiu proporcionar
momentos inesquecíveis. Desta forma e com este trabalho, as nossas crianças
foram sensibilizadas para o prazer do ouvir, do contar e do dizer, aguçando o
desejo de “ler”, transformando-as em “pequenos leitores”, repercutindo-se, por
esta via, nas suas famílias. “O leitor
faz-se, não nasce” (Filipe Garrido, 2004).
Ao longo destes anos, temos vindo a “colher frutos” que espelham de facto
que vale a pena investir nestas práticas. No que concerne ao trabalho de
família, estamos constantemente a ser surpreendidos no âmbito do projeto da
biblioteca escolar. Pais e avós deslocam-se ao jardim em várias ocasiões, a fim
de contarem histórias ou mesmo de as transformarem em jogos fantásticos, isto
é, ler com a força da criatividade, pois o livro está intimamente ligado à
ludicidade: brincar, sonhar e imaginar.
Resta-nos agradecer
toda a disponibilidade da professora Ana Júlia, que, sempre que as condições atmosféricas
não nos permitiam deslocar à biblioteca da Escola Sede, deslocava-se ela ao
nosso jardim. Sempre recetiva às nossas solicitações de autores de histórias
cujas temáticas viessem ao encontro dos nossos projetos.
Bem-haja e parabéns pelo trabalho
desenvolvido.
Paula Coelho, Paula Palhares, Rosa
Correia (Educadoras)
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