quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Mais um Sábado na BE!

E aí vem mais uma sessão de Sábado na BE! É já este próximo, dia 22.
Tens um animal de estimação? Então vais adorar! Não tens? Vais adorar, também!
Aparece. E não te esqueças: é para ti e para a tua família.






Aniversários
 Se José Saramago fosse vivo, teria celebrado 92 anos no passado dia 16 de novembro. O nosso Nobel da Literatura deixou-nos há quatro anos.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

“Cronicando”…
 


Sorrisos à solta

         Saio da cama, ainda sonolento, e preparo-me para mais um dia de aulas. A minha mãe leva-me de carro, juntamente com o meu irmão. Aborrecido por me ter levantado tão cedo, ligo o rádio à procura de uma boa música para me animar. Mas, grande chatice, todas as estações de rádio estavam nesse momento a transmitir mensagens, apelando a que cada condutor sorrisse para os condutores dos carros que se cruzassem com ele, bem como para as pessoas que circulassem na rua.
         Achei a ideia super interessante e muito criativa. Seria intrigante verificar se todas as pessoas com quem me cruzasse corresponderiam ao meu sorriso, esquecendo as tristezas e os problemas do seu dia a dia. O anúncio de rádio foi uma bela inspiração. Todas as pessoas olhavam para o carro ao lado e mostravam o mais belo sorriso que conseguiam. As pessoas na passadeira cumprimentavam-se e sorriam. Até o mendigo, todo esfarrapado, sujo e triste, esqueceu a sua condição de pobreza e sorriu para os transeuntes e, inesperadamente, as pessoas deixavam umas moedas na sua caixa de cartão. Ele agradecia a todos e imaginava a refeição que poderia comprar com aquele dinheiro.
            Vou tão absorvido neste passatempo que nem dou conta de que já estou a chegar à escola. A minha mãe despede-se de mim, eu dou-lhe um beijo e digo-lhe que é a melhor mãe do mundo.
            Avisto ao longe os meus colegas e aproximo-me deles. Pergunto-lhes se também ouviram o anúncio da rádio, ao que todos respondem com um gesto: um sorriso de orelha a orelha.
            Contra factos não há argumentos: o anúncio tinha sido mesmo um sucesso.


Luís Diogo Carreira 9º B Nº 11

quinta-feira, 6 de novembro de 2014


Crónicas da cidade                













Cegos, surdos e mudos

             Era mais um dia fatigante, triste e solitário. Na verdade, era apenas um dia igual a tantos outros.
             Estava distante, pensando através do vidro do carro, o mesmo que me separava do mundo exterior e da confusão que se gerava logo pela manhã.
             Enquanto esperava na longa fila de carros que se mantinha à minha frente, liguei o rádio. A música já tinha acabado e, poucos segundos depois, ouço uma voz incrivelmente grossa e apelativa. Encostei-me confortavelmente no banco e fiquei a escutá-la. Quando a mensagem acabou, esbocei um sorriso, olhando para a pessoa que se encontrava no carro ao lado.
             Nesse momento, percebi a razão daquela mensagem. Não é que as pessoas estejam erradas, é que apenas não dão o melhor de si. Hoje ignoram o que sentem, mas amanhã talvez não tenham a oportunidade de dizer o quanto amam os outros, pois só sabem valorizar alguém, quando essa pessoa já não está por perto. Aí, o sentimento já parece remoto e pouco exibido, e dessa forma as aparências tomam o seu lugar. Vivemos de aparências, procurando sempre atingir os ideais.
           Até que ponto podemos ser tão fúteis? Até ao ponto de pensarmos que iremos ficar cá para sempre, mas somos apenas convidados neste mundo. O ser humano tem de aprender a superar, a aprender e a melhorar, partindo das suas experiências.


Mónica Marinho 9º B Nº 18