quinta-feira, 4 de abril de 2019

                    Encontros com…
           
            É habitual recebermos, nas nossas bibliotecas escolares, escritores e outras entidades ligadas à leitura e à escrita. Aconteceu no primeiro período e voltou a acontecer neste.
            O primeiro foi o escritor Paulo Santos, também apicultor, que, através dos seus livros “Cuscas no Castelo de Guimarães” e “Cuscas na Torre de Belém” nos veio falar, essencialmente, da importância das abelhas na continuidade e sustentabilidade do planeta.

            As Aventuras da Cuscas, com ilustração de Susana Lima, é uma coleção que conta a história de uma abelha que visita vários monumentos em Portugal. Estes livros abordam a importância das abelhas na nossa vida e, com as aventuras da Cuscas, as crianças poderão ainda descobrir, de uma forma lúdica e pedagógica, vários monumentos e momentos da história do nosso país.
            No dia 31 de janeiro esteve no Centro Educativo de Arcozelo, no dia 1 de fevereiro no Centro Educativo de Refóios e no dia 6 de fevereiro no Centro Educativo de Lagoas, fazendo várias sessões por escola, garantido que todos os participantes entendiam a mensagem que pretendia passar. 



            Ficamos a saber, entre muitas, muitas coisas, que a língua das abelhas é parecida com uma tromba para sugar água e o néctar das flores; a rainha é a abelha mais importante da colmeia; as abelhas alimentam-se de água, néctar e pólen; as abelhas são responsáveis pela polinização, que consiste no transporte de grãos de pólen de uma flor para a outra (polinização cruzada) ou para o seu próprio estigma (autopolinização) e é através deste processo que as flores se reproduzem; são responsáveis pela polinização de 70% das culturas agrícolas, com destaque para as amêndoas (100%), as maçãs (90%) e os mirtilos (90%).
            O escritor/apicultor explicou que, quando as abelhas se aproximam de nós, não devemos enxotá-las para evitar que nos piquem, uma vez que pensam estar a ser atacadas e picar é a forma de se defenderem, apesar de morrerem quando largam o ferrão; em vez disso, devemos manter-nos imóveis até que a abelha se afaste.
            A principal mensagem é a de que as abelhas são muito importantes para a nossa continuidade.
            “Se as abelhas desaparecessem da face do globo, então o Homem teria somente quatro anos de vida restantes. Sem abelhas não há polinização, não há plantas, não há animais, não há homens.” – Albert Einstein
            Ajudemos, então, a preservar a espécie!
No dia 27 de março, no âmbito da(s) Semana(s) da Leitura, recebemos Daniel Completo, que nos visitou pela quarta vez, voltando a cantar e a encantar, e o prestigiado escritor António Mota. 


Vieram apresentar o livro “Casa de palavras”, da autoria de António Mota, com poemas cantados pelo Daniel Completo, numa parceria comemorativa dos quarenta anos de carreira de António Mota.
Música e leitura são, efetivamente, uma combinação perfeita! 

Daniel Completo nasceu em Lisboa e licenciou-se em Educação Musical, tendo iniciado a sua atividade como professor do ensino básico no ano de 2000. Esteve ligado a um dos mais genuínos registos da Música Tradicional Portuguesa, integrando o grupo "Ronda dos Quatro Caminhos" nas décadas de 80 e 90.
             Depois de editar vários trabalhos infantis, fez parcerias com escritores bem conhecidos, como Luísa Ducla Soares, cujos livros nos foram apresentados em anos anteriores, José Fanha, que nos visitou no passado ano letivo, e António Mota, que tivemos o privilégio de receber este ano.
         António Mota nasceu no concelho de Baião, em 1957.
            Em 1979 publicou o seu primeiro livro, intitulado A Aldeia das Flores, e não mais parou de escrever. É um dos autores mais lidos e premiados da literatura infantojuvenil portuguesa, tendo cerca de noventa títulos publicados, e a sua vasta obra foi, em grande parte, selecionada pelo Plano Nacional de Leitura. Recebeu vários prémios, dos quais se destacam o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1983), o Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens (1990), o Prémio António Botto (1996) e o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, na categoria «Livro Ilustrado» (2004). Em 2008, foi agraciado pela Presidência da República com a Ordem da Instrução Pública.
            Em 2014 foi nomeado para o prémio ALMA por ser «um dos mais prolíficos escritores portugueses para a infância e juventude» e por a sua obra ter «a singular qualidade de ser ao mesmo tempo intemporal e universal». A nomeação repetiu-se na edição de 2015 deste que é um dos mais importantes prémios internacionais na área da literatura infantojuvenil.  Ficamos a saber que “No Meio do Nada” é o seu primeiro livro para adultos, publicado este ano, quando se comemoram os 40 anos de uma carreira literária a semear histórias que alimentaram a imaginação de milhares de leitores.
            Foram momentos inesquecíveis, de muita leitura, música e boa disposição, lembrando que ler é, também, ser feliz...

            Como sempre, as sessões, nos três Centros Educativos, terminaram com uma sessão de autógrafos.
            Na sessão do Centro Educativo de Arcozelo também participaram os meninos e as meninas de 5 anos do JI de Arcozelo. 


            No dia 2 de abril recebemos, na BE de Arcozelo, Álvaro Oliveira, autor do livro “Definições – encontro com o destino”, um livro de poemas sobre as vivências do autor.
            Álvaro Oliveira, ou Né Oliveira, nome pelo qual é mais conhecido, tem 46 aos e é natural de Vila Verde. Interrompeu os estudos para ir trabalhar, tendo regressado à escola para concluir o 9.º ano; atualmente encontra-se a terminar o 12.º ano e pretende ingressar no ensino superior.
            Né Oliveira começou a escrever nas pausas do trabalho, em pedaços de cartão. Sofre de Parkinson, mas não deixou que a doença o impedisse de ser uma pessoa bastante ativa, tendo exercido vários cargos políticos e associativos, entre os quais o de Presidente da Junta de Freguesia de Barbudo e Chefe regional adjunto do Corpo Nacional de Escutas de Braga. É Delegado regional da Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson e fundador e Vice-presidente da casa do brinquedo e da brincadeira.
            Publicou os seus primeiros dez poemas em 2000, na Antologia dos Jovens Poetas do Baixo Minho. Em fevereiro de 2019 lançou o seu primeiro livro “Definições – encontro com o destino”.
            Ficamos a saber que tem intenções de publicar outro livro, em breve…
            Né Oliveira falou da sua vida, da sua doença, das suas escritas, deixando aos alunos presentes (9.º ano e ensino secundário) a mensagem de que não devem NUNCA desistir dos seus sonhos.
            O autor concedeu-nos, ainda, o privilégio de o ouvirmos ler alguns dos seus poemas preferidos, entre os quais um que dedicou à filha e outro ao seu pai.
            Um encontro agradável que testemunha, acima de tudo, uma enorme força de vontade; sem dúvida, um excelente exemplo de vida…




Sem comentários:

Enviar um comentário