“Cronicando”…
Sorrisos
à solta
Saio
da cama, ainda sonolento, e preparo-me para mais um dia de aulas. A minha mãe
leva-me de carro, juntamente com o meu irmão. Aborrecido por me ter levantado
tão cedo, ligo o rádio à procura de uma boa música para me animar. Mas, grande
chatice, todas as estações de rádio estavam nesse momento a transmitir
mensagens, apelando a que cada condutor sorrisse para os condutores dos carros
que se cruzassem com ele, bem como para as pessoas que circulassem na rua.
Achei
a ideia super interessante e muito criativa. Seria intrigante verificar se
todas as pessoas com quem me cruzasse corresponderiam ao meu sorriso,
esquecendo as tristezas e os problemas do seu dia a dia. O anúncio de rádio foi
uma bela inspiração. Todas as pessoas olhavam para o carro ao lado e mostravam
o mais belo sorriso que conseguiam. As pessoas na passadeira cumprimentavam-se
e sorriam. Até o mendigo, todo esfarrapado, sujo e triste, esqueceu a sua
condição de pobreza e sorriu para os transeuntes e, inesperadamente, as pessoas
deixavam umas moedas na sua caixa de cartão. Ele agradecia a todos e imaginava
a refeição que poderia comprar com aquele dinheiro.
Vou
tão absorvido neste passatempo que nem dou conta de que já estou a chegar à
escola. A minha mãe despede-se de mim, eu dou-lhe um beijo e digo-lhe que é a
melhor mãe do mundo.
Avisto
ao longe os meus colegas e aproximo-me deles. Pergunto-lhes se também ouviram o
anúncio da rádio, ao que todos respondem com um gesto: um sorriso de orelha a
orelha.
Contra
factos não há argumentos: o anúncio tinha sido mesmo um sucesso.
Luís Diogo Carreira 9º B Nº 11
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