Teatro,
uma outra forma de leitura
O teatro é, certamente, uma outra forma de
leitura.
Uma bela história de
amizade, encenada com simplicidade, mestria, música, animação e muito humor
pelo Grupo Movimento Incriativo.
No
dia 13 de fevereiro, os alunos do 6.º ano assistiram, na sala Polivalente do
Centro Educativo de Arcozelo, no âmbito da disciplina de Inglês, à peça “The
Prince and the Pauper”, da obra homónima de Mark Twain, e que conta a história
de dois rapazes que nasceram em Londres, no mesmo dia, Tom Canty (um mendigo) e Edward (o príncipe da Inglaterra).
Tom
Canty vivia com o seu pai, um homem cruel, que o fazia pedir esmolas e fazer
parte de um grupo de bandidos, para conseguir dinheiro, e, caso não conseguisse
dinheiro suficiente, Tom era espancado pelo pai. Edward vivia no palácio, com o
pai, Henrique VIII, e era sempre tratado com todos os luxos.
Um
dia, Tom e Edward encontram-se e, ao perceberem a semelhança da sua aparência,
trocam de roupa e experimentam trocar de vidas...
“The
Prince and the Pauper” é uma história baseada na ideia da amizade
de um príncipe e um mendigo. Apesar de ter sido escrito como uma história de
aventura para crianças, Mark Twain tem como foco mostrar a falsa ideia que a
sociedade tem das classes mais altas.
Esta
peça de teatro foi uma iniciativa da Areal Editores, uma vez que “The
Prince and the Pauper” é uma das histórias de “Extensive Reading” do manual
escolar da disciplina.
No fim da apresentação, houve ainda tempo para uma
animada conversa com os atores e a indispensável “selfie” de grupo.
Em abril, no dia 3, um grupo de alunos do 8.º D representou “O
Principezinho”, uma obra da autoria de Antoine de Saint-Exupéry, que nos faz
refletir sobre a vida e a importância que damos ao que e a quem nos rodeia.
Esta
história é contada através de um diálogo de grande amizade entre o narrador –
um piloto de avião que despenhou no deserto do Sahara – e um Principezinho – um
rapazinho loiro, vindo de um minúsculo asteroide, que lhe pede que desenhe uma
ovelha. Aos poucos o aviador vai conhecendo a história do pequeno príncipe, uma
tarefa nada fácil, já que o Principezinho fazia imensas perguntas e raramente
respondia às questões que lhe eram dirigidas.
O
Principezinho, que tinha muito cuidado com o seu planeta, conhece uma flor, uma
rosa, que ele acha única, pois nunca tinha visto outra igual, tratando-a todos
os dias com muito carinho, regando-a e protegendo-a do vento, uma vez que esta
era muito frágil por ter apenas quatro espinhos.
Com
o passar do tempo, curioso por saber o que se passaria nos outros planetas,
decide explorar outros asteroides. Assim, num longo diálogo em que a imaginação
é protagonista, o Principezinho contou a sua história de planeta em planeta,
cada um sendo um pequeno mundo povoado apenas por um adulto. Ao longo da viagem,
o rapaz fica muito desiludido, pois não percebe a razão pela qual as pessoas só
pensam em si próprias e não se importam com nada nem ninguém. Quando visitou o
planeta Terra teve muitos encontros mas o que mais o marcou foi, sem dúvida, a
raposa. Ela disse-lhe que o que era importante se via com o coração e não com
os olhos e que, depois de se estar preso a uma pessoa, passa-se a ser
responsável por ela. “Se vieres, por exemplo, às quatro horas da tarde, a
partir das três horas começo a ser feliz”. E foi assim que o Principezinho
compreendeu o verdadeiro conceito de amizade. "Aqueles que passam por nós,
não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de
nós".
Uma
excelente interpretação dos nossos jovens atores, que deixou alunos e docentes
que, no auditório da escola sede, assistiram à peça, muito bem impressionados.
Os protagonistas voltaram a representar no dia 2 de maio, na quinta edição dos
Encontros com sabores, no âmbito da Semana da Saúde, desta vez na cantina da
escola, tendo voltado a brilhar.
No
dia 4 recebemos a companhia de teatro Caixa de Palco, com as peças “Na
Companhia de Pessoa”, para as turmas de 9.º ano, e “Na Companhia de Sophia”,
para alunos do 8.º ano.
“Na Companhia de Pessoa” surgiu a partir de Poesias – Ortónimo de Fernando Pessoa. Numa energia contagiante, os atores transformam as
constantes dúvidas de Pessoa num momento descontraído, poético e divertido.
Questionam a vida e a “obra vã” e mergulham numa fantasia de palavras para que,
com eles, o público possa (re)descobrir o icónico Poeta e a magia das suas
palavras. Porque “é em nós que é tudo”. Que em cada um de nós, haja um
pouco de Pessoa.
“Na
Companhia de Sophia” conta várias
histórias, dentro de uma só história! Numa Viagem até à Dinamarca, partem da
Praia e, juntamente com o Homero, apanham boleia com os Três Reis do Oriente, depois de dobrarem o cabo Bojador, param para
O Jantar do Bispo, onde ajudam um bom
Homem a encontrar o seu percurso, através de um Retrato sobre as dificuldades e belezas da vida humana.
Já no terceiro período,
na tarde do dia 9 de maio, o Grupo de Teatro Movimento Incriativo, do qual faz
parte o professor António Rocha, veio ao Centro Educativo de Arcozelo
apresentar a peça “A girafa que comia estrelas”, a partir da obra homónima de
José Eduardo Agualusa, aos alunos do 1.º ciclo
A história é sobre
Olímpia, uma girafa muito alta, que anda sempre com a cabeça nas nuvens e que,
à noite, sobe ao morro e com estrelas. Mas o que o Olímpia deseja mesmo é
encontrar anjos. Porém, nas nuvens só encontra a D. Margarida, uma
galinha-do-mato que ali vive e tem a cabeça cheia de frases feitas… As duas
vivem uma linda amizade, ensinando-nos que podemos sempre ajudar a resolver os
problemas, desde que nos esforcemos um pouco nesse sentido.
“Uma girafa com um
grande pescoção
E a cabeça noa ar
Cresceu na selva, na
imaginação
Onde tu podes entrar.”
Um excelente
espetáculo, a que os Centros Educativos de Lagoas (dia 16 de maio) e de Refóios
(dia 30) também tiveram oportunidade de assistir.
Momentos de
representação que fazem da leitura o caminho para o conhecimento...
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